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Como montar uma clínica de Psicologia em Lençóis Paulista

1 – Apresentação

 
Aviso: Antes de conhecer este negócio, vale ressaltar que os tópicos a seguir não fazem parte de um Plano de Negócio e sim do perfil do ambiente no qual o empreendedor irá vislumbrar uma oportunidade de negócio como a descrita a seguir. O objetivo de todos os tópicos a seguir é desmistificar e dar uma visão geral de como um negócio se posiciona no mercado. Quais as variáveis que mais afetam este tipo de negócio? Como se comportam essas variáveis de mercado? Como levantar as informações necessárias para se tomar a iniciativa de empreender?
A Clínica de Psicologia é um modelo de negócio para profissionais da área, geralmente autônomos ligados à psicologia clínica, empreenderem e desenvolverem sua empresa.
A psicologia é a ciência que estuda os problemas da mente, do comportamento do indivíduo e sua interação com a comunidade, atuando na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação de pessoas com distúrbios mentais, emocionais e de personalidade. A atuação em psicologia clínica é uma das opções de carreira para psicólogos e profissionais da área que também podem atuar em consultórios, hospitais, escolas, e em empresas.
O modelo de negócio “Clínica de Psicologia” está baseado na prestação de serviços diretamente aos consumidores finais (ou através de convênios com empresas, planos e seguradoras de saúde) que buscam a psicoterapia para auxiliar em seus tratamentos de ordem psicoemocional. Neste sentido, os serviços prestados por uma Clínica de Psicologia vão desde a aplicação de teste psicométricos até o acolhimento psicológico e tratamento psicoterapêutico.
A renda da Clínica de Psicologia tem como base os honorários pagos pelos serviços prestados e deve ser suficiente para cobrir todas as despesas envolvidas e também gerar lucro compensador para o empreendedor.
Montar uma Clínica de Psicologia é uma opção de negócio para quem deseja empreender neste segmento, mas não é tarefa simples. Para obter êxito, o empreendedor interessado deverá elaborar um plano de negócio e buscar conhecimento não só para atender os pacientes, mas também para gerir a clínica e competir no mercado.
Procure o Sebrae mais próximo para auxilia-lo neste processo.

2 – Mercado

 
O mercado consumidor dos serviços de Clínicas de Psicologia são, teoricamente, todos os indivíduos da população, crianças ou adultos, que demandarem por apoio e tratamento psicológico. Este mercado é bastante amplo e a definição sobre seu tamanho e taxas de crescimento é imprecisa.
Neste sentido, a análise de mercado baseia-se em dados indiretos e também na observação de tendências que contribuem para o desenvolvimento de negócios no setor.
Em média, os Brasileiros gastam mais de 20% da renda com saúde. As famílias de classe mais alta gastam cerca de 30% do seu orçamento com consumo de bens de saúde, notadamente em serviços especializados como consultas e tratamentos.
De acordo com a ANS – Agência Nacional da Saúde Suplementar, o número de brasileiros cobertos por planos de saúde privados de Autogestão, Cooperativas Médicas, Filantropias, Medicina de Grupo e Seguradoras (incluindo planos odontológicos), também tem crescido consideravelmente nos últimos anos.
Em dezembro de 2000, o número de beneficiários total era de 31 milhões. Atualmente, segundo dados divulgados em Dezembro de 2013 pela ANS, o número saltou para 50,3 milhões – um crescimento de 4,6% se comparado com o mesmo período em 2012 que era de 48,1 milhões de beneficiários.
Apesar dos dados favoráveis no âmbito geral, a demanda por serviços de psicologia é restrita a um público menor, disputado não somente pelas Clínicas de Psicologia como também por psiquiatrias e outras disciplinas atuantes no mesmo contexto. Por isso, é recomendado que, antes de abrir uma Clínica de Psicologia, o profissional pesquise o seu mercado específico para avaliar a viabilidade real do negócio. O Sebrae aoia na construção de um Plano de Negócio. Seguem algumas sugestões para o aprofundamento da pesquisa:
– Pesquisa em fontes como prefeitura, guias, e associações de bairro para quantificação do mercado alvo;
– Visita aos concorrentes diretos, identificando os pontos fortes e fracos dos estabelecimentos que trabalham no mesmo nicho;
– Participação em seminários especializados.
ENTRADA NO MERCADO
Para abrir uma clínica de psicologia é preciso ter formação na área. O investimento inicial varia de acordo com o tamanho da clínica, equipamentos adquiridos, localização, posicionamento para o público alvo, e estratégia de crescimento.
As tendências apresentadas em breve pesquisa mostram uma grande competição para empreendedores do ramo e a decisão de entrar no mercado e investir em uma clínica deve ser bem pensada e planejada.
Em alguns casos, é constatado que nos primeiros anos de funcionamento da clínica os profissionais mantêm outras atividades para geração de renda, como atendimento em escolas, empresas etc, de modo a complementar a renda.
RENTABILIDADE
As margens de lucro e o retorno no investimento variam de acordo com os serviços prestados, preços praticados, os custos envolvidos e o número de clientes atendidos.
Os preços, de modo geral, seguem referências de mercado e tabelas publicadas pelos sindicatos. No entanto, o posicionamento de preço pode variar de clínica para clínica e de região para região. Também, em caso de atendimento a convênios e seguradoras de saúde os preços podem seguir tabelas diferenciadas.
Sendo assim, é importante que o empresário pesquise o seu mercado específico e entenda a estrutura de custos do seu próprio negócio para formatação ideal de preços. A equação deve garantir receita suficiente para que o negócio opere com uma margem de lucro líquido entre 10 e 20%.
Abaixo, segue tabela de preços de serviços publicada pelo Conselho Federal de Psicologia:
Diagnóstico Psicológico Inferior Limite Média Superior
Avaliação Psicológica 128,30 160,37 210,08
Entrevista inicial 112,25 162,55 192,45
Elab. de perfil prof. 69,97 120,51 163,28
Aval. Desemp. Escolar 96,23 165,42 192,45
Aval. aspectos cognitivos 96,23 170,51 192,45
Avaliação Psicomotora 96,23 167,32 192,45
Avaliação da personalidade 112,25 187,78 211,69
Observação de campo 118,66 160,37 192,45
Exames psicotécnicos 70,58 131,63 192,45
Avaliação psicológica
para concessão de registro
e/ou porte de arma de fogo 128,30 160,37 210,08
Perícia – Aval. Psicológica 128,30 160,37 210,08
Avaliação neuropsicológica 128,30 160,37 210,08
Elab. Instr. Psicológicos 96,23 144,35 192,45
Orientação e Seleção Profissional
Orientação Vocacional 81,62 116,61 163,28
Recr. e seleção de pessoal 62,97 116,61 163,28
Elab. de instr. psicológicos 58,31 137,67 186,58
Des. de proj. do trabalho 48,97 165,14 204,09
Id. de necessid. humanas 46,64 142,15 165,59
Partic. prog. Ed, culturais 46,64 134,48 186,58
Orient. acompanhamento 64,15 115,58 152,75
Orient. e encaminhamento 46,64 111,82 142,27
Avaliação de programa
de treinamento 69,97 162,08 193,57
Orientação e TeD 58,31 166,97 186,58
Deslig. de empregados 58,31 110,41 151,59
Prep. para aposentadoria 93,29 139,93 209,90
Orientação Psicopedagógica
Realização de pesquisas 69,97 104,96 139,93
Plan. psicopedagógico 46,64 127,18 139,93
Orient. psicopedagógico 69,97 106,42 128,25
Prep. para aposentadoria 93,29 139,93 209,90
Solução de Problemas Psicológicos
Psicomotricidade individual 69,97 100,88 116,61
Psicomotricidade em grupo 58,31 87,32 116,61
Prob. aprendizagem ind. 69,97 99,60 116,61
Probl. Aprendiz. Em grupo 68,79 92,65 116,61
Psicoterapia individual 81,62 118,18 139,93
Psicoterapia em casal 93,29 127,29 186,58
Psicoterapia familiar 93,29 149,03 186,58
Psicoterapia em grupo 67,64 108,45 139,93
Ludoterapia individual 69,97 105,91 139,93
Ludoterapia em grupo 64,15 100,55 128,25
Ter. psicomotora individual 69,97 99,54 117,76
Ter. psicomotora em grupo 58,31 87,61 116,61
Acompanhamento e Orientação Psicolígica
Acomp. psicológico da
gravidez, parto e puerperio 93,29 126,99 151,59
Acomp. psicológico da
gravidez em grupo 69,97 121,47 134,10
Acomp. Psicoterapêutico 104,96 167,65 198,26
Acomp. psic. de deficientes 69,97 100,73 116,61
Acomp. Psic. de idosos 81,62 115,44 139,93
Acomp.reabilitação prof. 46,64 116,61 163,28
Assessoria em Psicologia
Consultoria empresarial 110,76 228,52 256,57
Realização de pesquisa 69,97 116,61 186,58
Movimentação de pessoal 99,12 183,23 233,24
Sup. de atividades psic. 97,96 153,05 186,58
Ass. a insti. escolares 69,97 134,13 171,43
Fonte – CFP/FENAPSI – Atualizada em 2013
CLIENTES
Os clientes das Clinicas de Psicologia podem ser divididos em dois grupos: finais e intermediários. O empreendedor deve segmentar sua base de clientes para entender melhor o mercado e planejar de forma mais assertiva sua estratégia de marketing e comunicação.
Os clientes finais das Clínicas de Psicologia são indivíduos que apresentam demanda pelos serviços prestados pela clínica. Esses clientes chegam às Clinicas de Psicologia de forma direta ou indireta, e por motivos diversos, como: tratamento de ansiedade, problemas conjugais, transtornos de diversas ordens, dentre outros. Existem também empresas que consomem diretamente os serviços de psicólogos para elaboração de programas e atendimentos diversos à seus membros (funcionários, alunos, etc).
Os clientes que chegam à clinica de forma direta geralmente são clientes de classe média, média alta e alta, ou empresas, que buscam um atendimento de maior qualidade e estão dispostos a pagar um preço mais alto pelos serviços. Esse mercado valoriza a credibilidade da clínica e dos profissionais atuantes, as referências e indicações, a localização e o atendimento/relacionamento. A captação deste cliente é feita de forma sutil, pelo posicionamento e construção da marca (nome) e reputação de mercado.
Os clientes que chegam de forma indireta, através de convênios e planos de saúde, ou empresas parceiras, usam o serviço pela conveniência e baixo custo. Esse mercado valoriza a facilidade de acesso, o atendimento e a funcionalidade dos serviços prestados. A captação deste cliente é feita através das parcerias e contratos estabelecidos com os agentes intermediários.
Os clientes intermediários compõe uma base importante para a penetração de mercado, principalmente para clínicas novas. O empreendedor deve estabelecer uma estratégia para firmar convênios com planos e seguradoras de saúde (que cubram serviços de psicologia), estabelecer parcerias com escolas que buscam oferecer soluções para seus membros e com clínicas de áreas complementares para integrar o tratamento dos pacientes e oferecer seus serviços para empresas que investem em programas de saúde e bem estar para seus funcionários.
BARREIRAS E CONCORRÊNCIA
Abrir uma Clínica de Psicologia aparece como uma oportunidade para ingressar no mercado da psicologia clínica, com relativamente baixo investimento inicial. No entanto, existem outras restrições, além das financeiras, a serem consideradas antes de entrar no negócio.
Legislação
É condição para poder abrir uma Clínica de Psicologia a presença e responsabilidade de um profissional habilitado. Conforme a Lei nº 6.839/1980 (que dispõe sobre o registro de empresas nas entidades fiscalizadoras do exercício de profissões) o registro de empresas e a anotação dos profissionais legalmente habilitados, delas encarregados, serão obrigatórios nas entidades competentes para a fiscalização do exercício das diversas profissões, em razão da atividade básica ou em relação àquela pela qual prestem serviços a terceiros.
Canais de distribuição
O acesso ao mercado pode ser feito de forma direta entre a clínica e o público alvo, ou através de intermediários como convênios e seguradoras de saúde. Cada canal apresenta implicações estratégicas para o empreendimento, que devem ser consideradas para viabilização do negócio.
Para atingir o mercado de forma direta, a Clínica precisará investir no desenvolvimento de seu “nome” para criar uma imagem que atraia clientes dispostos a pagar pelos serviços prestados. Alcançar esse mercado de maior poder aquisitivo irá exigir investimento profissional em especializações, além de tempo e trabalho na construção da credibilidade profissional.
Para os que atuam através de intermediários, atendendo planos de saúde coletiva, a estratégia pode garantir maior volume de atendimentos. No entanto, a presença do intermediário reduz os preços de venda e margens de ganho para a clínica.
Outros canais alternativos também podem ser explorados, como no caso de parcerias com empresas (escolas, corporações) e atuação em clínicas multidisciplinares.
Fornecedores
A base de fornecedores para o negócio “Clínica de Psicologia” não impõe grandes restrições aos empreendedores. Existem diversos fornecedores de equipamentos, e produtos no mercado, que podem ser acessados com facilidade. O conhecimento da base de fornecedores e produtos disponíveis para cada segmento de atuação é estratégico para o bom desempenho da profissão. Para melhorar sua competitividade, o profissional a frente da clínica deve manter-se atualizado sobre os fornecedores e produtos em seu segmento, além de manter um bom relacionamento e parceria com os agentes.
Concorrência
O aumento do número de escolas de ensino superior e profissionais formados na área de psicologia nos últimos anos é notável. De acordo com o Conselho Federal de Psicologia, atualmente (2015), existe no Brasil mais de 257 mil profissionais registrados.
Além da grande procura da psicologia clínica dentro das opções de carreira do psicólogo, há também profissionais de outras áreas como psiquiatria, psicopedagogia, sociologia, e outros, que disputam o mesmo mercado.
Portanto, a concorrência no segmento é alta e tende a aumentar – tanto para os postos de trabalho quanto para os negócios relacionados. Os estabelecimentos jurídicos existentes (Clínicas) variam de forma e tamanho, caracterizando uma concorrência pulverizada e sem o domínio expressivo de uma única empresa.
Existe espaço para uma grande variedade de ofertas, que vão desde pequenas clínicas de profissionais autônomos a clínicas universitárias e clínicas multidisciplinares com grandes estruturas.
ESTRATÉGIAS PARA COMPETIR
Para competir no mercado, o empresário poderá adotar estratégias de diferenciação, foco em nicho de mercado, preço, ou uma combinação entre elas.
Diferenciação
Vale ressaltar a que a diferenciação é a estratégia mais eficaz para uma clínica de psicologia. A diferenciação muitas vezes é estabelecida pelo próprio currículo do profissional titular. Especializações, mestrados e doutorados, bem como publicação de artigos e participação em congressos e meio acadêmico, agregam diferencial ao profissional e consequentemente à clínica. Pesquisas sobre a remuneração dos profissionais da área apontam para índices de remuneração mais elevados para profissionais com especializações. Se tornar notório em sua especialidade ainda é a melhor estratégia para este segmento profissional.
A estrutura física da clínica, o atendimento ao cliente e outras amenidades, e a agregação de outros serviços relacionados também irão promover a diferenciação do negócio e devem ser exploradas estrategicamente.
Nichos de mercado
O foco em nichos de mercado pode ser uma boa opção estratégica. A Clínica pode posicionar-se para atender segmentos específicos como: psicologia do desenvolvimento (infância, adolescência, idade adulta e velhice), psicologia de casais, psicologia educacional e escolar; ou diferentes abordagens da psicologia como: a psicanálise, psicologia humanista, psicologia existencial, psicologia analítica, gestalt e psicologia comportamental ou behaviorismo.
Para escolher o nicho de atuação da Clínica, o empreendedor deve pesquisar seu mercado e avaliar a viabilidade para sua atuação empresarial. O nicho de atuação deve ser grande o suficiente para geração de clientes para a clínica e renda para os envolvidos. O empreendedor também deve acompanhar as tendências para encontrar as melhores oportunidades e evitar as ofertas que já estão saturadas.
Como o empreendedor/profissional estará envolvido com as atividades técnicas da profissão, é importante também considerar a vocação pessoal para a atuação no nicho escolhido.
Com o foco, o empreendedor terá melhor conhecimento das dinâmicas, clientes e relacionamentos no segmento, favorecendo, assim, a sua competitividade.
Preço
Se a estratégia escolhida for preço baixo, o empreendedor deve ficar atento às margens. A equação financeira não pode comprometer o lucro. A margem de lucro deve oscilar entre 10% e 20% da receita.
É possível competir com a estratégia de preço, mas o empresário deverá focar em questões que ajudem a reduzir custos como, aluguel das instalações e outras despesas. Deve-se haver cuidado para que o corte de despesas não prejudique o atendimento ao cliente.

3 – Localização

 
Para a escolha do ponto ideal, o empreendedor deverá definir o público alvo da clínica e o mercado que será atendido, considerando a área geográfica, a origem e o perfil dos pacientes, e a concorrência, dentre outros critérios.
Na escolha da localidade, analise com cuidado o bairro, a situação de acesso por transporte público e privado, segurança, facilidade para estacionar, sempre com foco no cliente. O imóvel deve oferecer infraestrutura adequada para a instalação da clínica e, se possível, proporcionar espaço para o crescimento da mesma.
Procure nesta etapa de escolha conhecer seus concorrentes, realizando pesquisas, através de visitas e contatos, buscando conhecer a operação em todos os detalhes. Agindo assim, evitará cometer os mesmos erros observados, reduzindo desgastes e custos desnecessários.
Além da opção de montar a clínica em um espaço exclusivo, existe também a possibilidade de locação de salas comerciais, consultórios compartilhados, sala em clínica multidisciplinar e home-office (quando adequado), a fim de redução de custos iniciais. Fique atento a estes custos, pois se não forem bem equacionados poderão inviabilizar o negócio.
Vale observar, também, que conforme publicações e números da saúde do DATASUS e do IBGE, os gastos em saúde da população de classe baixa se concentram em medicamentos e os das classes mais altas, em serviços de saúde, principalmente em diagnósticos e terapias.
O imóvel deve ter boa estrutura e o tamanho deve variar segundo o número de profissionais envolvidos. Normalmente é benéfico ficar perto de outras clínicas, centros comerciais e hospitais de maior porte para atrair o público. Atentar se o local está com bom aspecto higiênico, paredes sem rachaduras, sem fiação aparente entre outros fatores físicos que causam a boa ou má impressão ao paciente.

4 – Exigências Legais e Específicas

A profissão de psicólogo habilita o trabalho autônomo. No caso de montar uma clínica de caráter jurídico, a primeira providência é contratar um contador, profissional legalmente habilitado para elaborar os atos constitutivos da empresa. Este profissional irá auxiliá-lo na escolha da forma jurídica mais adequada para o seu projeto e preencher os formulários exigidos pelos órgãos públicos de inscrição de pessoas jurídicas. Para legalizar a empresa, é necessário procurar os órgãos responsáveis para as devidas inscrições e registros.
1) Consulta comercial: antes de realizar qualquer procedimento para abertura de uma empresa deve-se realizar uma consulta prévia na prefeitura ou administração local. A consulta tem por objetivo verificar se no local escolhido para a abertura da empresa é permitido o funcionamento da atividade que se deseja empreender. Outro aspecto que precisa ser pesquisado é o endereço. Em algumas cidades, o endereço registrado na prefeitura é diferente do endereço que todos conhecem. Neste caso, é necessário o endereço correto, de acordo com o da prefeitura, para registrar o contrato social, sob pena de ter de refazê-lo. Órgão responsável: · Prefeitura Municipal, Secretaria Municipal de Urbanismo.
2) Busca de nome e marca: verificar se existe alguma empresa registrada com o nome pretendido e a marca que será utilizada. Órgão responsável: Junta Comercial ou Cartório (no caso de Sociedade Simples) e Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).
3) Arquivamento do Contrato Social/Declaração de Empresa Individual. Este passo consiste no registro do contrato social. Verificam-se, também, os antecedentes dos sócios ou empresários junto a Receita Federal, por meio de pesquisas do CPF. Órgão responsável: Junta Comercial ou Cartório (no caso de Sociedade Simples).
4) Solicitação do CNPJ. Órgão responsável: Receita Federal.
5) Solicitação da Inscrição Estadual. Órgão responsável: Receita Estadual
6) Alvará de funcionamento, ou de licença, e Registro na Secretaria Municipal de Fazenda. O Alvará de licença é o documento que fornece o consentimento para empresa desenvolver as atividades no local pretendido. Para conceder o alvará de funcionamento a prefeitura ou administração municipal solicitará que a vigilância sanitária faça inspeção no local para averiguar se está em conformidade com a Resolução RDC nº 216/MS/ANVISA, de 16/09/2004. Órgão responsável: Prefeitura ou Administração Municipal, Secretaria Municipal da Fazenda.
7) Solicitar enquadramento na Entidade Sindical Patronal (empresa ficará obrigada a recolher anualmente a Contribuição Sindical Patronal);
8) Fazer cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema “Conectividade Social – INSS/FGTS”;
9) Regularizar o estabelecimento junto ao Corpo de Bombeiros Militar;
10) Conselho Federal de Psicologia – Registro e responsabilidade técnica de profissional responsável regularmente inscrito no conselho da profissão. Registro da Clínica junto ao conselho de acordo com as normas. Conforme a Lei nº 6.839/1980 (que dispõe sobre o registro de empresas nas entidades fiscalizadoras do exercício de profissões) o registro de empresas e a anotação dos profissionais legalmente habilitados, delas encarregados, serão obrigatórios nas entidades competentes para a fiscalização do exercício das diversas profissões, em razão da atividade básica ou em relação àquela pela qual prestem serviços a terceiros. Ainda, deve-se observar o DECRETO nº 53.464 de 21-01-1964, que regulamenta a profissão de psicólogo. O código de ética da profissão, RESOLUÇÃO CFP Nº 010/05, deve ser observado para o entendimento das obrigações do exercício profissional.
11) ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária
É indispensável que o empreendedor solicite informações detalhadas junto à autoridade sanitária municipal, antes de iniciar a atividade do empreendimento. No campo da vigilância sanitária, a regulação pode ser compreendida como o modo de intervenção do Estado para impedir possíveis danos ou riscos à saúde da população. Atua por meio da regulamentação, controle e fiscalização das relações de produção e consumo de bens e serviços relacionados à saúde. Além disso, a regulação sanitária contribui para o adequado funcionamento do mercado, suprindo suas falhas, dando cada vez mais previsibilidade, transparência e estabilidade ao processo e à atuação regulatória, a fim de propiciar um ambiente seguro para a população e favorável ao desenvolvimento social e econômico do país. (fonte: ANVISA)
12) Por ser uma atividade de caráter público, os estabelecimentos de psicologia precisam atender à legislação específica. Em termos gerais o setor é regulado pelas leis abaixo:
LEI N.º 11.788 – DE 11-09-2008. Dispõe sobre o estágio de estudantes LEI N.º 11.788 – DE 11-09-2008
LEI N.º 5.766 – DE 20-12-1971. Cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia e dá outras providências LEI N.º 5.766 – DE 20-12-1971
LEI N.º 4.119 – DE 27-08-1962 . Dispõe sobre os cursos de formação em Psicologia e regulamenta a profissão de Psicólogo LEI N.º 4.119 – DE 27-08-1962
DECRETO N.º 79.822 – DE 17 DE JUNHO DE 1977. Regulamenta a Lei n.º 5.766, de dezembro de 1971, que criou o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia e dá outras providências. DECRETO N.º 79.822 – DE 17 DE JUNHO DE 1977
DECRETO N.º 53.464 – DE 21 DE JANEIRO DE 1964
Regulamenta a Lei nº 4.119, de agosto de 1962, que dispõe sobre a Profissão de Psicólogo.DECRETO N.º 53.464 – DE 21 DE JANEIRO DE 1964
– Lei 8.080, de 19/9/91990 – Lei orgânica da Saúde que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.
– Lei 9.836, de 23/9/1999 (Acrescenta dispositivos à Lei no 8.080)
– Lei 11.108, de 07/4/2005 (Altera a Lei no 8.080)
– Lei 10. 424, de 15/4/2002 (Acrescenta capítulo e artigo à Lei no 8.080)
– Lei 8.142, de 28/12/1990 – Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências.
– Portaria 2.203, de 05/11/1996 – Aprova a Norma Operacional Básica (NOB 01/96), que redefine o modelo de gestão do Sistema Único de Saúde.
– Portaria 373, de 27/2/2002 – Aprovar, na forma do Anexo desta Portaria, a Norma Operacional da Assistência à Saúde – NOAS-SUS 01/2002.
– Resolução 399, de 22/2/2006 – Divulga o Pacto pela Saúde 2006 – Consolidação do SUS e aprova as diretrizes operacionais do referido pacto.
Adicionalmente, é possível consultar no Portal da Saúde do Ministério da Saúde mais de 60.000 normas específicas do setor através do SAÚDELEGIS.
13) Código de defesa do consumidor. Além de todos esses procedimentos, é muito importante lembrar que essa atividade exige o conhecimento do Código de Defesa do Consumidor- Lei nº. 8.078/1990. As empresas que fornecem serviços e produtos no mercado de consumo devem observar as regras de proteção ao consumidor, estabelecidas pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC). O CDC foi instituído pela Lei n. 8.078, em 11 de setembro de 1990, com o objetivo de regular a relação de consumo em todo o território brasileiro, na busca do reequilíbrio na relação entre consumidor e fornecedor, seja reforçando a posição do primeiro, seja limitando certas práticas abusivas impostas pelo segundo.
É importante que o empreendedor saiba que o CDC somente se aplica às operações comerciais em que estiver presente a relação de consumo, isto é, nos casos em que uma pessoa (física ou jurídica) adquire produtos ou serviços como destinatário final. A fim de cumprir as metas definidas pelo CDC, o empreendedor deverá conhecer bem algumas regras que sua empresa deverá atender, tais como: forma adequada de oferta e exposição dos produtos destinados à venda, fornecimento de orçamento prévio dos serviços a serem prestadas, cláusulas contratuais consideradas abusivas, responsabilidade dos defeitos ou vícios dos produtos e serviços, os prazos mínimos de garantia, cautelas ao fazer cobranças de dívidas.

5 – Estrutura

A estrutura física de uma clínica de psicologia depende do número de profissionais trabalhando no estabelecimento e do número de atendimentos prestados. O correto dimensionamento deverá ser planejado.
Para obter sucesso e reconhecimento profissional é importante estruturar o espaço físico para que este passe uma imagem de credibilidade e confiança para o cliente. É importante, também, que os ambientes sejam visualmente agradáveis, satisfatórios do ponto de vista ergonômico e funcionais para o desenvolvimento das atividades. Para um só profissional, um espaço inicial de 50 metros quadrados é suficiente para início das operações.
De modo geral, a estrutura básica da clínica deve possuir:
1. Recepção: espaço destinado ao atendimento inicial aos clientes. Deve possuir sofás ou cadeiras de espera. Caso haja um recepcionista ou secretária, deve haver um espaço com mesa, cadeira, telefone e computador para seu trabalho.
2. Banheiros: espaços para instalação de sanitários masculino e feminino, a ser dimensionado com a expectativa de clientes;
3. Salas de atendimento: devem ter uma boa acústica para o profissional manter a altura de voz em tom normal e não ser ouvido na recepção, possibilitando um melhor aproveitamento no atendimento;
4. Área administrativa e almoxarifado: espaço destinado à instalação da parte de atividades administrativas e financeiras, com a finalidade de processar a operacionalização da gestão completa da empresa. Também é o local para guardar materiais de apoio que se façam necessários para a realização dos atendimentos.
Para o caso de atendimento na residência do profissional (home office), o interessante é haver uma separação entre o ambiente da casa e a clínica para não haver desconforto entre os pacientes e familiares durante as sessões. O profissional precisará de um espaço confortável para o atendimento. Neste sentido, vale ressaltar que a decoração é um grande aliado para que o paciente sinta à vontade.
A estrutura precisa atender à legislação sanitária obrigatória, nos níveis estaduais e municipais, disponíveis nos órgãos responsáveis e prever questões térmicas e de luminosidade para se evitar gastos.

6 – Pessoal

Recursos humanos é matéria crítica em qualquer empreendimento e merece atenção especial em negócios relacionados à saúde. Algumas questões como a gravidade de erros ou imprecisões, a interdependência e alto grau de especialização das atividades e o papel do cliente no processo de trabalho, tornam ainda mais crítica a importância da correta seleção, retenção, avaliação e desenvolvimento dos profissionais ligados ao negócio.

A quantificação dos profissionais para uma clínica de psicologia depende do tamanho da clínica e do número de atendimentos prestados. Em alguns casos, no início, o próprio empreendedor irá assumir mais de uma função.
Para o funcionamento, a clínica necessita de pessoas para os seguintes postos de trabalho:
– Administrador: responsável pela administração geral do negócio (pode ser o próprio profissional/empreendedor);
– Psicólogo/Psicoterapeuta: responsável com especialidade no objeto que será ofertado pela clinica, com a função de atendimento aos pacientes;
– Recepcionista/auxiliar administrativo: auxiliar no atendimento, recepção e serviços administrativos gerais;
– Auxiliar para limpeza e se houver, serviços de copa.
Ainda, o empreendedor poderá contar com um quadro de prestadores de serviços pontuais, responsáveis por atendimento de consultas ou realização de exames e testes específicos por demanda.
Devido a proximidade com os clientes, o empreendedor deverá considerar questões como cordialidade, equilíbrio emocional, capacidade de identificar as necessidades dos clientes e agilidade e presteza no atendimento, ao escolher seus colaboradores. As pessoas procuram mais do que simplesmente um tratamento clínico, elas querem ser bem atendidas e valorizadas. Pequenos detalhes como simpatia, vestimentas e uniformes adequados, e educação nos tratos pessoais, podem contribuir para que o cliente retorne e indique a clínica a outras pessoas.
É importante, também, que todos os envolvidos no negócio sejam treinados e capacitados para seus cargos, desde os cargos ligados a área técnica até os administrativos. Os psicólogos/psicoterapeutas devem ser conhecedores profundos de suas áreas de trabalho e da ética profissional. Os colaboradores e atendentes devem conhecer bem sobre os serviços prestados pela clínica, sua história, origem, e políticas organizacionais. Também é preciso conhecer sobre técnicas de atendimento ao cliente e gestão empresarial.
O Sebrae oferece um conjunto de instrumentos para capacitar empreendedores e profissionais. É indicado ao empreendedor procurar o Sebrae mais próximo para buscar apoio no que diz respeito às estratégias que podem ser adotadas para gestão e capacitação de pessoas em seu negócio.
O investimento em capacitação, além de promover a qualificação e desenvolvimento dos integrantes da equipe de trabalho, também irá favorecer um ambiente propício ao desempenho de todas as atividades e contribuir para que o negócio alcance sua sustentabilidade econômica. Também, deixará as pessoas mais satisfeitas e realizadas com sua atuação profissional, fortalecendo a relação entre empregado e empregador e ajudando na retenção de pessoal.
Ainda, para ajudar com a retenção de bons colaboradores, é recomendável a adoção de uma política de retenção de pessoal, oferecendo incentivos e benefícios financeiros. Assim, o empreendedor poderá diminuir níveis de rotatividade e obter vantagens como a diminuição de custos com recrutamento, seleção, demissões e treinamento de novos funcionários.
Outra questão sobre as contratações é a legislação. As contratações devem pautar-se na Legislação Trabalhista e na Convenção Coletiva do Sindicato dos Trabalhadores nos serviços de saúde. É recomendado consultar um profissional contabilista local para verificar procedimentos adequados para contratação de pessoas.

7 – Equipamentos

Uma Clínica de Psicologia deve conter em seu projeto um bom layout e um conjunto de equipamentos para o pleno desenvolvimento de suas atividades. A boa distribuição dos ambientes e equipamentos é importante para a integração dos serviços a serem executados e deve ser planejada para causar impressão positiva nos clientes.

Na sala de recepção e espera, a clínica deve conter móveis para acomodar os clientes e estrutura de trabalho para recepcionista (se houver). Os principais itens a considerar são:
– Poltronas e cadeiras na área de espera;
– Porta revistas para acondicionamento das peças para os clientes;
– Porta guarda chuvas;
– TV de LCD;
– Mesa de trabalho e cadeira para recepcionista;
– Computador e impressora;
– Software de gestão, com recursos para agendamento de consultas e gestão de contatos;
– Móveis para arquivos e suprimentos;
– Telefone e interfone;
– Itens de decoração.
Nas salas de atendimento os equipamentos necessários dependerão dos tipos de serviços oferecidos, mas alguns itens são básicos, como:
– Móveis para a instalação do profissional (mesa, cadeira, estantes);
– Computador e impressora;
– Poltronas confortáveis para os pacientes (em alguns casos divãs);
– Mesa de apoio ao paciente;
– Itens de decoração;
– Outros equipamentos específicos a área clinica, tecnologias e metodologia de trabalho.
Se o consultório oferecer atendimento para crianças é preciso ainda um espaço e equipamentos lúdicos.
Além destes equipamentos, podemos citar alguns itens para compor um empreendimento desta categoria, tais como: frigobar e equipamentos para a sonorização de ambientes.
É importante lembrar que esta lista de aparelhos e equipamentos é não exaustiva. O mercado da saúde e do bem-estar apresenta uma infinidade de soluções que devem ser utilizadas de acordo com o objetivo do negócio e dos serviços que serão ofertados.
O empreendedor deverá consultar os fabricantes dos equipamentos para conhecer o tempo de obsolescência de cada um deles e identificar a possibilidade de adquirir equipamentos de segunda mão em bom estado. É importante estar atento para o consumo de energia dos equipamentos.
Vale lembrar que os colaboradores devem ser capacitados para manusearem os equipamentos adequadamente, minimizando-se a chance de acidentes no ambiente de trabalho. É indicado que o empreendedor analise a aquisição de equipamentos de segurança, como alarmes e câmeras, e a contratação de seguro para a clínica.

8 – Matéria Prima e Mercadoria

A gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre a oferta e a demanda. Este equilíbrio deve ser sistematicamente aferido através de, entre outros, os seguintes três importantes indicadores de desempenho:
– Giro dos estoques: o giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que o capital investido em estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é medido em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no passado. Obs.: Quanto maior for a freqüência de entregas dos fornecedores, logicamente em menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também chamado de índice de rotação de estoques.
– Cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques é a indicação do período de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue cobrir as vendas futuras, sem que haja suprimento.
– Nível de serviço ao cliente: o indicador de nível de serviço ao cliente para o ambiente do varejo de pronta entrega, isto é, aquele segmento de negócio em que o cliente quer receber a mercadoria, ou serviço, imediatamente após a escolha; demonstra o número de oportunidades de venda que podem ter sido perdidas, pelo fato de não existir a mercadoria em estoque ou não se poder executar o serviço com prontidão.
Portanto, o estoque dos produtos deve ser mínimo, visando gerar o menor impacto na alocação de capital de giro. O estoque mínimo deve ser calculado levando-se em conta o número de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na sede da empresa.
Por se tratar de prestação de serviços, as clínicas de psicologia não utilizam grandes quantidades ou variedades de matéria prima. As clínicas não comercializam mercadorias e sim serviços que se caracterizam pelo entendimento do problema do cliente, seu correto diagnóstico, um prognóstico para resolver o problema, a aplicação deste no tratamento específico e o acompanhamento da saúde do paciente.
Durante o atendimento, alguns itens poderão ser usados como: lenços, formulários, testes psicológicos, etc. O gestor da clínica deverá ficar atento para controlar os estoques destes materiais e garantir o suprimento para que o atendimento seja adequado.
Somente em casos onde a clínica também comercializa produtos é que haverá uma preocupação maior com a gestão de matérias primas e estoques. Neste caso, os itens a serem administrados irão variar de acordo com o que é ofertado. É importante avaliar e verificar se os fornecedores escolhidos seguem as determinações da ANVISA e do Ministério da Saúde, em relação à manipulação e conservação dos produtos. Também é importante conhecer os produtos para identificar possíveis alterações em seus aspectos e condições para o uso e consumo humano.

9 – Organização do Processo Produtivo

Dependendo da especialidade da clínica de psicologia, o processo produtivo vai variar sensivelmente e os procedimentos podem ser mais ou menos regulamentados e padronizados.
Essencialmente, as seguintes atividades são previstas:
a) Agendamentos – primeiro contato entre paciente e clínica a fim de agendar dia e horário de consulta. Esta atividade é realizada pela pessoa encarregada dos serviços de recepção. Em alguns casos, quando há somente um profissional (empreendedor) envolvido em todas as tarefas, o paciente pode deixar recado em equipamento eletrônico e a chamada é retornada assim que o profissional puder.
b) Recepção – primeiro ponto de contato com o paciente nas dependências da clínica. Neste contato são verificados os detalhes do agendamento da consulta, registros anteriores, cadastro de pacientes, condições de pagamento, validade de seguros saúde, etc. Após o contato e procedimentos, o paciente é encaminhado para a consulta. Em caso de paciente recorrente, ele é recebido e aguarda atendimento.
c) Consulta – quando for a primeira visita, o profissional de saúde deve diagnosticar o problema através de questionamentos e procedimentos específicos e propor soluções e tratamentos. Em consultas de acompanhamento, o profissional vai conduzir cada caso dentro da metodologia adequada.
d) Testes específicos – muitas vezes faz-se necessário a realização de exames e testes adicionais, usando equipamentos e testes apropriados para detectar com exatidão a situação problemática. O paciente pode, portanto, ser encaminhado para outro especialista ou para clínicas de diagnósticos.
Além do processo produtivo, o empreendedor deverá cuidar das atividades administrativas e de apoio. Serão de sua responsabilidade o pagamento de fornecedores, levantamento de novos fornecedores, contratação de funcionários, planejamento e controle dos resultados para assegurar o retorno no capital investido.
O Sebrae mais próximo pode ser consultado para busca de mais informações sobre planejamento e gestão do seu negócio.

10 – Automação

O nível de automação em uma clínica de psicologia não é tão expressivo, pois, essencialmente, os serviços de saúde têm como componente a interação humana entre paciente e profissional de saúde que é insubstituível e não pode ser automatizado.
Desta forma, a automação deve se restringir aos processos de apoio, administrativos e a alguns exames/testes complexos. É ideal é que o empreendedor invista na automação de algumas atividades visando dinamizar o atendimento e a gestão administrativa e financeira do negócio.
Existem algumas opções que podem incluir além do software de gestão, softwares para aplicação de testes. Existem também máquinas de cobrança em cartão magnético, impressoras para preenchimento automático de cheques, etc., que podem ajudar a dinamizar o negócio.
Caso o empreendedor não queira investir de imediato em sistemas de gestão, será necessário que os controles sejam executados provisoriamente em planilhas eletrônicas construídas segundo as necessidades do empreendedor e exigências do negócio.
Antes de se decidir pelos softwares a serem utilizados, o empreendedor deve avaliar o preço cobrado, incluindo a manutenção. Adicionalmente, deve verificar a sua conformidade em relação à legislação, a facilidade de suporte e atualizações oferecida pelo fornecedor. Ainda, deve verificar se o aplicativo, no caso de software para gestão, possui funcionalidades tais como: agendamento de consultas, controle dos dados sobre pacientes, gestão de caixa e bancos (conta corrente), organização de compras e contas a pagar, relatórios e gráficos gerenciais para análise real dos resultados no negócio.

11 – Canais de Distribuição

Os canais de distribuição são os meios utilizados pelas clínicas para ofertarem seus serviços.
As clínicas de psicologia normalmente operam com venda direta, em seus próprios estabelecimentos, aguardando a requisição de um cliente para fazer a venda final dos serviços.
Em alguns casos, os convênios médicos se prestam como canais de acesso ao mercado ao divulgarem as clínicas credenciadas e suas especialidades de atendimento.
A atuação em clínicas multidisciplinares e em estabelecimentos parceiros, como escolas, possibilita a indicação de pacientes para realização de exames ou consultas especializadas na clínica, e também representam um dos principais canais para a comercialização dos serviços.
É indicado que a clínica tenha um site com informações sobre os serviços prestados, telefone para agendamento de consultas, entre outros fatores que interessem ao cliente.
Seja qual for a estratégia de distribuição adotada, o empreendedor deve atentar para assegurar que o cliente receba o serviço de forma adequada e com qualidade.

12 – Investimento

O investimento inicial em uma Clínica de Psicologia dependerá de alguns fatores, dentre eles: os tipos de serviço ofertados, o ponto escolhido, o número de profissionais envolvidos, e a estratégia de divulgação.

Em geral, para a abertura de uma Clínica de Psicologia, deve estimar-se o valor de investimento considerando os seguintes itens:
– Custos de abertura de empresa como as taxas pagas para registro e alvará;
– Custos para reforma do imóvel;
– Aquisição de equipamentos de tecnologia, maquinário e móveis;
– Capital de giro inicial para aportar os gastos antes do início das vendas, como contratação de funcionários, compra de estoque inicial, materiais de propaganda e marketing, pagamento do primeiro aluguel do local de instalação.
Devido ao grande número de variáveis envolvido, sugerimos a elaboração de um Plano de Negócio, onde os recursos necessários, em função dos objetivos estabelecidos, poderão ser determinados com maior segurança.
Dica: Consulte o Sebrae mais próximo e acesse mais informações sobre Plano de Negócios no Portal Sebrae.
Dentro de padrões médios para uma clínica, para atuação de um psicoterapeuta, podemos estimar um investimento inicial em torno de R$ 37.500,00 alocados nos seguintes itens:
– Reforma do local e infraestrutura: R$ 5.000,00
– Equipamentos e móveis (computadores, impressoras, softwares, etc): R$ 10.000,00
– Testes de psicológicos: R$ 5.000,00
– Despesas com abertura da empresa e procedimentos legais: R$ 2.500,00
– Estoque inicial de suprimentos: R$ 2.000,00
– Divulgação inicial: R$ 3.000,00
– Despesas iniciais (um mês) com diversos (aluguel, contador, telefone, funcionários): R$ 10.000,00
Importante: Esta é apenas uma estimativa de investimento inicial, pois os equipamentos a serem adquiridos para a montagem da clínica têm preços bastante variados. O tamanho da equipe de trabalho será outro fator de interferência.
É essencial que o empreendedor faça uma reserva de capital para eventuais desembolsos e imprevistos. Também, é necessário calcular adequadamente a necessidade de capital de giro.
Essas questões devem ser analisadas criteriosamente, pois influenciam diretamente no montante de investimento inicial e também nos custos. Conforme apresentado neste tópico, existe uma série de fatores que devem ser considerados para calcular o investimento na montagem da clínica. A identificação do valor real do investimento só será possível com a elaboração do Plano de negócios.

 13 – Capital de Giro

Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa precisa manter para garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona com uma quantia imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar as oscilações de caixa. O capital de giro é regulado pelos prazos praticados pela empresa, são eles: prazos médios recebidos de fornecedores (PMF); prazos médios de estocagem (PME) e prazos médios concedidos a clientes (PMCC). Quanto maior o prazo concedido aos clientes e quanto maior o prazo de estocagem, maior será sua necessidade de capital de giro.

Portanto, manter estoques mínimos regulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode melhorar muito a necessidade de imobilização de dinheiro em caixa. Se o prazo médio recebido dos fornecedores de matéria-prima, mão-de-obra, aluguel, impostos e outros forem maiores que os prazos médios de estocagem somada ao prazo médio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a necessidade de capital de giro será positiva, ou seja, é necessária a manutenção de dinheiro disponível para suportar as oscilações de caixa. Neste caso um aumento de vendas implica também em um aumento de encaixe em capital de giro. Para tanto, o lucro apurado da empresa deve ser ao menos parcialmente reservado para complementar esta necessidade do caixa.
Se ocorrer o contrário, ou seja, os prazos recebidos dos fornecedores forem menores que os prazos médios de estocagem e os prazos concedidos aos clientes para pagamento, a necessidade de capital de giro é negativa. Neste caso, deve-se atentar para quanto do dinheiro disponível em caixa é necessário para honrar compromissos de pagamentos futuros (fornecedores, impostos). Portanto, retiradas e imobilizações excessivas poderão fazer com que a empresa venha a ter problemas com seus pagamentos futuros. Um fluxo de caixa, com previsão de saldos futuros de caixa deve ser implantado na empresa para a gestão competente da necessidade de capital de giro. Só assim as variações nas vendas e nos prazos praticados no mercado poderão ser geridas com precisão.
É importante que o novo empresário calcule adequadamente sua necessidade de capital de giro, pois se isso não ocorrer, a clínica poderá muito cedo adquirir dívidas e dificuldades financeiras.
Em uma empresa de prestação de serviços, não existe a necessidade de administrar grandes estoques. Mas, sugere-se reservar, especialmente no início das atividades da clínica, um valor em torno de 3 meses dos custos totais até que se faça um giro necessário e a empresa possa completar o ciclo operacional. Outra forma de se estimar o capital de giro do início do negócio é considerar um valor entre 20% a 30% do capital inicial investido.
A necessidade de capital de giro deve ser acompanhada e atualizada permanentemente, pois sofre continuamente o impacto das diversas mudanças ocorridas no negócio e no mercado de forma geral. O empreendedor, no início, deve estar atento em seu planejamento, e cuidar para que seu capital inicial não seja exaurido na compra dos ativos (imóveis, equipamentos, máquinas, móveis, etc.). Deve-se negociar com os fornecedores procurando se necessário e possível, parcelar e estender os prazos de pagamento.
O empresário, também, deve evitar a retirada de valores além do pró- labore estipulado, pois, no início, todo o recurso que entrar na empresa nela deverá permanecer e ser investido, possibilitando o crescimento e a expansão do negócio.
No negócio de Clínica de Psicologia, deve-se ficar atento com o volume de prestação de serviços para recebimentos posteriores. Não pode se descuidar do recebimento. A inadimplência precisa estar sob controle.
ATENÇÃO: O cálculo do capital de giro deve ser feito de maneira mais criteriosa quando da elaboração do Plano de Negócios, para o qual o empreendedor pode buscar orientação no Sebrae mais próximo.

14 – Custos

Os custos de uma empresa, e neste caso de uma Clínica de Psicologia, são todos os gastos, ou desembolsos mensais, realizados na produção dos bens ou serviços e que serão incorporados posteriormente ao preço dos produtos ou serviços prestados.

São os gastos realizados para a prestação dos atendimentos, exames e tratamentos, foco da atividade da clínica, e também para a manutenção e administração do negócio. Os salários dos psicólogos, dos auxiliares, os materiais consumidos, a depreciação dos equipamentos e dos móveis são exemplos de custos.
O cuidado na administração e redução de todos os custos envolvidos no negócio irá ajudar o empreendedor a obter sucesso no negócio. É importante encarar como ponto fundamental a redução de desperdícios, a compra pelo melhor preço e o controle de todos os gastos internos. Quanto menores os custos, maior a chance de ganhar no resultado final do negócio.
Abaixo, estão elencadas algumas categorias referenciais de despesas. Os valores de despesas vão depender objetivamente do tamanho da clínica, da localização e da estratégia adotada pela empresa. As referências de preço abaixo devem, portanto, ser revistas para cada caso.
DESCRIÇAO – CUSTO MENSAL
Despesas com transporte: R$ 300,00
Salários, Comissões e Encargos (recepcionista + psicoterapeuta)- R$ 6.000,00
Tributos, Impostos, Contribuições e taxas – R$ 780,00
Agua, Luz, Telefone Internet – R$ 1.500,00
Assessoria Contábil – R$ 780,00
Propaganda e Publicidade da empresa – R$ 300,00
Aquisição de matéria prima e insumos – R$ 300,00
Manutenção das instalações – R$ 300,00
Aluguel e condomínio – R$ 2.500,00
TOTAL GERAL MENSAL – R$ 12.760,00
No item salários não estão incluídos a remuneração do corpo clínico que poderá trabalhar sob demanda. Esta é uma negociação entre corpo clínico e empreendedor, que poderá ser paga de acordo com as tabelas dos planos de saúde ou por meio de percentual/valor fixo no caso de atendimento particular.
Lembramos que estes custos são baseados em estimativas. É preciso que o empreendedor pesquise os custos considerando a realidade do empreendimento que está iniciando, avaliando, por exemplo, estrutura e equipe necessária, local, enquadramento tributário, entre outros aspectos que interferirão fortemente nos custos da empresa.
Aconselhamos ao empresário que queira abrir um negócio dessa natureza a elaboração de um Plano de negócio com a ajuda do Sebrae do seu estado no sentido de estimar os custos exatos do seu empreendimento conforme o porte e os serviços oferecidos.

15 – Diversificação / Agregação de Valor

Agregar valor significa oferecer produtos e serviços complementares ao produto principal, diferenciando-se da concorrência e atraindo o público-alvo. Não basta oferecer algo que os concorrentes não oferecem. É necessário que esse algo mais seja reconhecido pelo cliente como uma vantagem e aumente o seu nível de satisfação com o serviço prestado.

As pesquisas junto aos clientes podem ajudar na identificação de benefícios de valor agregado. No caso de uma clínica de psicologia, há diversas oportunidades de agregação de valor, tais como:
– Ampliação das linhas de atendimento, com outras especialidades complementares (clínicas multidisciplinares);
– Aviso aos pacientes, por SMS, mensagens ou e-mails, sobre agendamentos e também para incentivar consultas de rotina;
– Criação de ambientes físicos na clínica que promovam a satisfação com a comodidade e beleza;
– Atendimento diferenciado e personalizado, com alto grau de cordialidade e interesse em resolver as questões dos clientes;
– Crédito e facilidade de pagamento;
– Inovação – sua clínica deve estar sempre atualizada tecnologicamente;
– Agregar outros serviços, como oferta de acupuntura.

16 – Divulgação

Antes de pensar sobre as estratégias de divulgação de uma Clínica de Psicologia, é importante pesquisar sobre as normas e restrições segundo o código de ética da profissão. A propaganda é regulamentada e deve ser seguida. No entanto, os esforços de marketing devem ser adequados para que o público alvo conheça a clínica e seus profissionais.
Atualmente, a presença na web é indispensável. Por isso, investir na criação de uma identidade visual, website ou blog, e atuar nas redes sociais são os primeiros passos para divulgar o seu negócio.
O próprio estabelecimento da clínica e sua exposição em vias de passagem do público alvo também já servem como peça de divulgação de grande eficácia. Quando possível, o design da fachada deve ser explorado para valorizar o estabelecimento.
Grande parte da divulgação começa pela própria qualidade dos serviços oferecidos. A organização e higiene nas instalações, atendimento e qualidade das consultas e tratamento reforçam a boa impressão na cabeça do consumidor. É importante lembrar que a propaganda boca a boca é fator de fortalecimento das marcas e a melhor forma de tornar-se conhecido no mercado.
Aumentar a rede de contatos, estreitar a relação com outros profissionais de saúde, proferir palestras e cursos, e fechar convênios com planos de saúde, escolas e associações também irá colaborar com a divulgação da clínica.
A divulgação precisa ser permanente, sempre prezando pela criatividade e qualidade do material produzido. Neste sentido, cartões de visitas, anúncios em guias locais e atualização do site, complementam algumas das opções de divulgação dos serviços.

18 – Eventos

Abaixo são listados eventos tradicionais no segmento:

Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Psicologia
Belo Horizonte/MG
http://www.sbponline.org.br/informativo/view?TIPO=2&ID_INFORMATIVO=159
Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
São Paulo /SP
http://www.ibapnet.org.br/congresso2015/
Encontro Paranaense e Congresso Brasileiro de Psicoterapia corporais
Curitiba /PR
http://site.cfp.org.br/evento/xx-encontro-paranaense-e-xv-congresso-brasileiro-d e-psicoterapias-corporais/
Congresso Interamericano de Psicologia da saúde
São Paulo/SP
http://www.cepsic.org.br/congresso_interamericano.asp
Congresso Internacional de Psicologia
Maringá/PR
http://sites.uem.br/dpi/news/vi-congresso-internacional-de-psicologia-cipsi
Congresso Norte – Nordeste de Psicologia
Salvador/BA
http://www.conpsi2015.com.br/
Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional
São Paulo/SP
http://www.conpeispa.com/conpeispa_inicio.html
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar
São Paulo/SP

Home Page


Congresso Brasileiro de Psicologia: Ciência e Profissão
São Paulo/SP
http://www.cienciaeprofissao.com.br/
Congresso Nacional de Psicologia
Brasília/DF
http://cnp.cfp.org.br/etapas/congresso-nacional/

19 – Entidades em Geral

Conselho Federal de Psicologia
Endereço: SAF SUL (Setor de Administração Federal Sul), Quadra 2, Bloco B, Edifício Via Office, Térreo, Sala 104.
Tel.: (61) 2109-0100
Site: http://site.cfp.org.br/
Sociedade Brasileira de Psicologia
Endereço: Rua Florêncio de Abreu, 681 – 11º Andar – Sala 1102 – Centro – Ribeirão Preto/SP
Tel.: 16 3625 9366
E-mail: sbp@sbponline.org.br
Site: http://www.sbponline.org.br/
Federação Nacional dos Psicólogos
Endereço: Rua Tomé de Souza, 860, sala 104, Funcionários – Belo Horizonte / MG
Tel.: 31.3295-2404
E-mail: fenapsi@veloxmail.com.br
Site: http://www.fenapsi.org.br/
Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental
Endereço: Rua Vanderley, 611, Perdizes, São Paulo/SP
Tel.: (11) 3675.2325
http://abpmc.org.br/
Associação Brasileira de Psicologia Social
E-mail: abrapso2014.15@gmail.com
Site: http://www.abrapso.org.br/
Associação Social de Psicologia da Saúde
Endereço: Av. Dom Jaime de Barros Câmara, 1000 – Jd. Planalto – São Bernardo do Campo/ SP
Tel.: (11) 4366.5351
E-mail: atendimento@abpsa.com.br
Site: http://www.abpsa.com.br/
Associação Brasileira de Psicologia da Escolar e Educacional
Endereço: Rua Aimberê, 2053 , Perdizes – São Paulo/SP
Tel.:(11) 3862-5359
E-mail:abrapee@abrapee.psc.br
Site: https://abrapee.wordpress.com/
Mural Psicologia
E-mail: contato@muralpsicologia.com.br
Site: http://www.muralpsicologia.com.br/
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) – Trecho 5, Área Especial 57
CEP: 71205-050 – Brasília – DF
ANVISA ATENDE – 0800-642-9782
http://www.anvisa.gov.br
Ministério da Saúde – Biblioteca Virtual em Saúde
http://bvsms.saude.gov.br/php/ind ex.php

20 – Normas Técnicas

Norma técnica é um documento, estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido que fornece para um uso comum e repetitivo regras, diretrizes ou características para atividades ou seus resultados, visando a obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto. (ABNT NBR ISO/IEC Guia 2).

Participam da elaboração de uma norma técnica a sociedade, em geral, representada por: fabricantes, consumidores e organismos neutros (governo, instituto de pesquisa, universidade e pessoa física).
Toda norma técnica é publicada exclusivamente pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, por ser o foro único de normalização do País.
1.Normas específicas para Clínica de Psicologia
Não existem normas específicas para este negócio.
2.Normas aplicáveis na execução de uma Clínica de Psicologia
ABNT NBR 15842:2010 – Qualidade de serviço para pequeno comércio – Requisitos gerais.
Esta Norma estabelece os requisitos de qualidade para as atividades de venda e serviços adicionais nos estabelecimentos de pequeno comércio, que permitam satisfazer as expectativas do cliente.
ABNT NBR 12693:2013 – Sistemas de proteção por extintores de incêndio.
Esta Norma estabelece os requisitos exigíveis para projeto, seleção e instalação de extintores de incêndio portáteis e sobre rodas, em edificações e áreas de risco, para combate a princípio de incêndio.
ABNT NBR IEC 60839-1-1:2010 – Sistemas de alarme – Parte 1: Requisitos gerais – Seção 1: Geral.
Esta Norma especifica os requisitos gerais para o projeto, instalação, comissionamento (controle após instalação), operação, ensaio de manutenção e registros de sistemas de alarme manual e automático empregados para a proteção de pessoas, de propriedade e do ambiente.
ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013 – Iluminação de ambientes de trabalho – Parte 1: Interior.
Esta Norma especifica os requisitos de iluminação para locais de trabalho internos e os requisitos para que as pessoas desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente, com conforto e segurança durante todo o período de trabalho.
ABNT NBR 9050:2004 Versão Corrigida:2005 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.
Esta Norma estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando do projeto, construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade.

21 – Glossário

ANVISA: Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

CDC: Código de defesa do consumidor.
CFP: Conselho Federal de Psicologia
CRP: Conselho Regional de Psicologia
Customizar: Adaptar às preferências do usuário.
Design: Palavra inglesa. Disciplina que visa a criação de objetos, ambientes e obras gráficas.
EPIs: Equipamentos de Proteção Individual.
IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
IBOPE: Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística.
INPI: Instituto Nacional de Propriedade Intelectual.
Know-How: Palavra inglesa. Saber fazer.
Layout: Palavra inglesa. Modo de distribuição dos elementos em um determinado espaço ou superfície.
Rentabilidade: Qualidade ou aptidão de gerar renda. Lucro provindo do exercício de atividade econômica.
SEBRAE: Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
Web: Palavra inglesa. Rede internacional de computadores.
Home office: Palavra Inglesa. Escritório na própria residência.

22 – Dicas de Negócio

Como outros tipos de estabelecimentos que cuidam da saúde, as clínicas de psicologia precisam se diferenciar por ter um tratamento humanista, de qualidade, que alivie as dificuldades que o cliente se encontra, melhorando sua percepção do tratamento.
Algumas dicas devem ser levadas em consideração para o sucesso da abertura e manutenção do negócio em questão:
– Pesquise a legislação local e entenda como seu município regula o mercado de clínicas de psicologia;
– Pesquise e defina bem o conceito e proposta do negócio, seu público alvo e portfolio de serviços. O posicionamento será seu grande diferencial. Evite ser genérico ou operar em mercados saturados ou de baixa demanda. Seja objetivo e realista quanto a área escolhida.
– Promova o bem estar e conforto dos clientes efetivos e potenciais, não esquecendo que o retorno destes ao estabelecimento ocorre pela qualidade dos serviços e do atendimento;
– Faça pesquisa com os clientes para adequar serviços e produtos às expectativas;
– Se estruture para a flutuação da demanda e atendimento. Clínicas de atendimento ao público adulto que não pode se ausentar do trabalho precisam atender em horários flexíveis e restritos.
– Crie parcerias com profissionais de áreas complementares;
– Ponha amor no que você está fazendo;
– Participe de eventos em sua área de atuação, isso irá ajudar a expandir sua rede de contatos;
– Não se esqueça da saúde financeira do seu negócio. Provisione capital para manter a operação do negócio por pelo menos seis meses iniciais, e gerencie suas receitas e despesas;
– Selecione bem seus fornecedores, crie parcerias com eles, focando não só nos preços, mas na qualidade dos produtos e serviços;
– Dedique tempo para treinar sua equipe e faça que todos se sintam parte do negócio;
– Busque a melhor equipe técnica e de apoio, primando na seleção, retenção, desenvolvimento e avaliação dos profissionais que interagem diretamente com o público e caracterizam o serviço com sua postura;
– Invista na aquisição de equipamentos e tecnologias/testes de psicologia e tratamento de primeira qualidade, permitindo o acesso dos clientes ao que há de melhor no tratamento;
– Zele pela estrutura física da clínica, pela limpeza, facilidades de acesso, para criação de um ambiente propício para o tratamento e satisfação dos clientes.

23 – Características

No ramo de serviços de saúde, o empreendedor precisa estar fortemente comprometido com o bem estar das pessoas e com as atividades em questão. Para atuar em psicologia clínica é preciso ter vocação. É preciso gostar do mundo psíquico, se dedicar ao estudo e querer interagir com as pessoas de uma forma cuidadosa e particular. Ao lidar com o íntimo das pessoas, a ética é fundamental.

Além disso, para empreender um Clínica de Psicologia é preciso:
– Possuir conhecimento, experiência ou formação acadêmica na área;
– Ter gosto pela atividade e conhecer bem o ramo de negócio, mantendo-se atualizado sobre assuntos pertinentes a sua clínica para poder orientar funcionários e clientes;
– Habilidade em assumir os riscos do negócio de forma calculada;
– Ter atitude e iniciativa para inovar e promover mudanças necessárias;
– Habilidade de relacionamento com pessoas, boa comunicação e atendimento ao cliente;
– Capacidade gerencial para utilizar os recursos existentes de forma racional e econômica, identificando melhores produtos e fornecedores para a sua empresa, gerenciando equipe, atendimentos e finanças;
– Independência, autoconfiança, liderança e gestão de pessoas.
Ainda, é muito importante a realização de cursos e capacitações constantes para atualizar-se tendo em vista que o mercado constantemente. É importante que o empreendedor conheça sobre as técnicas da profissão e também sobre os aspectos da gestão do seu negócio.

24 – Bibliografia

PWC. O Mercado de serviços de saúde no Brasil. Disponível em: . Acesso em: 05 junho 2015.

ALMEIDA, Celia. Texto para discussão nº 599. O mercado privado de serviços de saúde no Brasil: Panorama atual e tendências da assistência médica suplementar. Disponível em: . Acesso em: 05 junho 2015.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Economia na Saúde – uma perspectiva macroeconômica – 2000 – 2005. Disponível em: . Acesso em: 05 junho 2015.
PLETSCH, Ana Cristina Kuhn, et al. Último Segundo. Guia de Profissões. Disponível em: . Acesso em: 12 junho 2015.
SOUZA, Felipe. PsicologiaMSN.com. Mercado de trabalho – Psicologia. Disponível em: . Acesso em: 12 junho 2015.
FAJARDO, Vanessa. Guia de Carreiras. Guia de carreiras: psicologia. Disponível em: . Acesso em: 12 junho 2015.
Mente de sucesso. Como ter sucesso na carreira de Psicologia. Disponível em: . Acesso em: 12 junho 2015.
BEDIN, Lívia Maria. Desenvolvimento de carreira em psicólogos: tarefas evolutivas do estágio de estabelecimento. Disponível em: . Acesso em: 12 junho 2015.
TEIXEIRA, Rita Petrarca. Scielo. Repensando a psicologia clínica. Disponível em: . Acesso em: 12 junho 2015.
SEBRAE. Ideais de negócios. Como montar uma clínica de saúde. Disponível em: . Acesso em: 05 junho 2015.

 Fonte: sebrae.com.br

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