Quem quer ser um bilionário? JP Lemann pode ensinar
Jorge Paulo Lemann é o 36o. bilionário do mundo, na contabilidade da Bloomberg. O 69o., pelo mais recente ranking (setembro de 2012) da revista Forbes.
Bloomberg avalia a fortuna dele em 19,9 bilhões de dólares. O cálculo da Forbes reduz: 12 bilhões. Segundo a Bloomberg, ele é o bilionário número 1 do Brasil. A Forbes ainda o coloca atrás de Eike Batista e do banqueiro Joseph Safra.
O que dá para cravar, com certeza absoluta, é que Lemann irá subir algumas posições. Ele acaba de comprar, em nome da 3G Capital, pela ninharia de 28 bilhões de dólares, a Heinz, a marca americana de molhos (ketchup e mostarda), em sociedade com o megamagnata Warren Buffett (3o. na lista da Forbes, 4o. para a Bloomberg).
Não é o suficiente para fazer dele o homem mais rico do mundo (nas duas listas, impera o mexicano Carlos Slim).
Nem ele quer. Seria um pesadelo para Lemann se isso viesse a acontecer, assim, publicamente, aos olhos de todos. Ele é tão low profile que nunca você irá encontrar uma foto dele clicada há menos de cinco anos.
Por que ele, e não eu, e não você?
Aliás, a pergunta deveria ser outra: o que a gente pode aprender com esse carinha que aos 15, 16 anos pegava ondas no Arpoador e passava horas e horas treinando obsessivamente voleios e backhands nas quadras do Country Club?
A resposta é: Lemann é um fanático do sucesso, tem desde garoto o drive do campeão. Nas águas, nos quadras, nos negócios. Aquele instinto killer de vencedor a qualquer preço – ou de predador, como dizem os concorrentes que ele vai aplastrando, um a um.
Lemann é brasileiro pela metade. Filho de pais suiços, foi cinco vezes campeão de tenis … no Brasil. Jogou a Copa Davis… pela Suiça. Seu melhor aprendizado nas manhas dos negócios foi… em Harvard.
Mas a fortuna de Lemann tem a ver com o Brasil: cerveja (Brahma, depois Ambev) e especulação financeira (Crédit Suisse, depois Banco Garantia).
Ele (e mais Beto Sicupira e Marcel Telles, seus sócios) são hoje players mundiais. Os rankings da Bloomberg e da Forbes dão uma idéia do poder de fogo dele.
(Dono do Burger’s King e da Amheuser-Busch, a segunda maior cervejaria do mundo, o sonho dele, aos 73 anos, é comprar a Coca-Cola. Valor de Mercado: 180 bilhões de dólares)
É bom reconhecer com Lemann tem seus momentos de ternura verde-amarelo. Criou e sustenta a Fundação Lemann, que oferece bolsas de estudos nos Estados Unidos para uiniversitários brasileiros promissores.
Quem sabe não está aí a sua chance de ser o Jorge Paulo do futuro?
Nirlando Brandão
Jornalista e escritor, é colunista do Jornal da Record News, comandado por Heródoto Barbeiro. Foi colunista do Estado de S. Paulo, de Carta Capital e do Correio Braziliense, editor de Veja e Istoé e fundador de Caras, Wish Report e Status. É diretor-adjunto da revista Brasileiros. Contato: nirlandobeirao@r7.com
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